Carnaval Orizona 2010: Alegria e Paz

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Em entrevista nesta sexta (29) no programa Orizona Notícias, da Rádio Orizona FM, o prefeito Felipe Dias contou ao repórter Joãozinho Albino que está tudo certo para a realização do Carnaval Orizona 2010. Todas as atrações já foram definidas. Como tradicionalmente ocorre, será realizado na Praça do Lazer, de 12 a 16 de fevereiro.
Como em 2009, serão cinco noites e quatro matinês. O diferencial novamente será a preocupação com a segurança. Conforme contou Felipe, mais uma vez será o carnaval da paz e da alegria, uma festa para as famílias. No palco, revezarão atrações como a banda baiana Axé Brasil e os DJs Júnior Funk, Núbia Aloah e Nino. Outro diferencial será a estrutura de palco e iluminação, uma das mais modernas do país. Telões serão posicionados na praça como no ano passado. Os blocos serão animados com apoio do locutor Newtin Rodrigues.
Prefeitura e Câmara Municipal estão somando forças para a realização dessa grande festa popular. Uma grande equipe de saúde, limpeza, organização e coordenação será mobilizada para o evento, conforme finalizou Felipe Dias.

Realizada a Festa da Cultura de Orizona

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Resgate da identidade, apresentação das manifestações populares e celebração da história local puderam ser apreciados na Festa da Cultura de Orizona, que aconteceu no sábado, 16 de janeiro, na Feira da Agricultura Familiar, ao lado da Rodoviária de Orizona. Com o tema Cultura, diversidade e criatividade, o evento foi uma promoção do Coletivo de Cultural de Orizona, com o apoio da Seagro, Governo Municipal de Orizona, Câmara Municipal e diversos outros parceiros.
Entre as manifestações realizadas estiveram a música, artesanato, artes plásticas, cavalgadas, teatro, catira, capoeira, folias, poesia, além da arte das fiandeiras, de contadores de causos, carreiros, cavalgada, berranteiros, encomendadores de almas. A Festa contou também com as comidas e bebidas típicas, a exemplo da cachaça, cuja produção, principalmente artesanal, feita em alambiques familiares, é destaque em Orizona.
A abertura aconteceu na manhã, com a chegada dos 12 carros-de-bois e cerca de 200 cavaleiros, que desfilaram pelas ruas da cidade. Representante das cavalgadas deixaram no palco principal as bandeiras de Orizona, Goiás e Brasil. Em seguida, na abertura oficial, uma mesa foi composta com a presença de diversas autoridades, entre elas, o prefeito Felipe Dias, a primeira-dama Ana Lúcia Ribeiro Dias, o vice-prefeito e coordenador do evento, Antonio Baiano, a presidente da ASDAO - Associação dos Artesãos de Orizona, Teresinha, a Secretária Estadual de Mulheres da Fetaeg, Ana Maria Dias Caetano, a representante da Agepel Laila Santoro, entre outras autoridades como vereadores, secretários municipais e lideranças comunitárias. Na abertura, foi lançado oficialmente o ponto de cultura Orizona ENCENARTE, uma parceria entre a ASDAO, a Agepel e o Ministério da Cultura. Na ocasião, a representante da Fetaeg entregou à ASDAO um tear industrial que será utilizado pelas artesãs do município.
Logo após a solenidade oficial, desfilaram pelos dois palcos, dezenas de artistas do município, representando os mais diversos segmentos. Além disso, foram realizadas oficinas de teatro, ministrada por Eugênio Aquino e de circo, por membros do Circo Laheto de Goiânia, que também abrilhantaram a Festa. Centenas de pessoas que passaram durante o dia pelo local também puderam conferir exposição de artesanato, artes plásticas, móveis, inventos e comidas típicas.
À noite, com um grande público, a Festa da Cultura foi encerrada em grande estilo, prometendo voltar no próximo ano com uma estrutura ainda maior.

Sônia Ferreira: Oração a Seu Zequinha

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No artigo "Oração ao Seu Zequinha", publicado no Jornal Diário da Manhã, a escritora orizonense Sônia Ferreira escreve: "Eu recorreria às pastagens verdes do jaraguá, meloso e colonião. Buscaria o cerrado, cheirando a pequi, gabiroba, araticum, mangaba e liberdade. Apelaria às asas dos canários, joãos de barro e às do solitário sabiá. Gravaria as vozes das copas dos quintais, em sintonia com o vento e com o canto do carro de bois. Carregaria jacás de espigas e me cobriria de arroz em casca. Fotografaria ranchos de palha, casas de pau a pique, brancos casarios de muitas janelas em cor e muita gente com vontade de estudar. Falaria com o homem da enxada, de calos nas mãos e sorrisos nos dentes. Convidaria a criança molhada, saída limpinha do calabouço e o boiadeiro suado que acabara de chegar. Traria pela mão a mulher de avental, temperando com alegria uma gamela de quitanda. E, atenta, aprenderia as ternas lições da professorinha tímida, vinda da cidade, e não dispensaria a presença de DEUS..."

Uma riqueza literária guardada desde o Passado

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"Para este município* se desconhece a primeira imigração. Sabe-se que, entre 1840 e 1850, de Minas Gerais vieram famílias de agricultores e aqui permanecem graças à fertilidade da terra e ao clima assáz ameno. Em 1850 ventou de Fulgêncio de Sousa França a idéia de se adquirir terreno, visando o patrimônio de uma capela.
Bom êxito logrou o patriarca, pois compraram-se cerca de 440 hectares de campo e de mato às margens do rio de Santa Bárbara, cujas águas correm ao norte e ao nascente da cidade. Morreu Fulgêncio, e coube o trabalho de erigir o templo ao Cap. José Pereira Cardoso e a outros. Daí a pouco afluíram mais campônios, os Correias, os Fernandes, os Vieiras, e eis que miraculosamente se contavam uns trinta fogos: crescendo o povoado, pertencente ao município de Santa Cruz, não faltaram moradores e tampouco elementos de costumes morigerados; e tanto a agricultura quanto a industria e pecuária adcitos, do que se cuidavam intensivamente até hoje. De ano a ano se recebia a visita do padre, havia festas religiosas, batizados que farte e casamentos, por amor dos quais, à noite, gemiam violas com descantes plangentes cada qual dos cantadores a dizer saudades do berço longínquo. Dançava-se o cateretê, ouvia-se o pipocar de foguetes, e tudo acabava bem na paz do Senhor. Costumes de gente boa, afeita ao trabalho cotidiano, educada no sãos princípios da moral cristã. Costumes mineiros que ainda revivem nos mutirões com o mesmo cateretê à noite, entremeado de danças modernas, que ainda refulgem no estrondear de bombas festivas ao chegar o noivado à sede da fazenda, que ainda transparecem, aqui e ali, na roncice dos arcaicos instrumentos de fiar e no trapejar de teares, quiçá semelhantes aos que se viam nos Açores. Roda de Cedro e tear de bálsamo exigiam as matronas que, no lar, fabricavam todo tecido de consumo de casa e mais o óleo de mamona para o candieiro, enquanto, a vibrarem a enxada e o machado para equitarem, viviam a sua vida operosa os homens de têmpera invejável. Carros de boi, de uso medieval, tirados por seis, oito parelhas, único veiculo existente para facilitar as colheitas e também a população prover de sal e de implementos ao trabalho mecânico iam ao porto de Elóe, nas barrancas do Rio Grande, divisa de Minas Gerais e São Paulo, choramingavam de volta ao peso da sacaria, aqui debulhando a areia dos caminhos, acolá vencendo o preguilho dos atoleiros, viagem de dois, três meses.
(...) e o primeiro juiz foi o Sr. Antonio Fernandes de Castro. O primeiro escrivão, Sr. Pedro Pereira Pinto.
Daí a 16 anos, aos 12 de julho de 1906 (Lei Estadual de n° 227) deu-se-lhe a categoria de município, desmembrando do Santa, e houve nome de Campo Formoso, sendo-lhe primeiro entendente o Senhor Rodolfo Fernandes de Castro, sobrinho do primeiro juiz; e depois de, como termo, pertencer às comarcas de Silvânia, Bela Vista, Santa Cruz e Pires do Rio, foi sede de comarca a 12 de dezembro de 1941 (decreto lei estadual de n°... 5096). Investiu-se na posse de primeiro juiz-de-direito o Sr. Dr. Paranaíba Piratininga Santana.
Em vigor certo dispositivo, segundo o qual não podia haver o mesmo popônimo a comuna brasileira, mediante ordem superiores, buscou-se outra denominação a Campo Formoso; e, ocorrida votação democrática elegeu-se o de Orizona, vocábulo proposto pelo médico local, Sr. Dr. Raphael Leme Franco, que o defendeu com o processo de justaposição (Oriza+Zona) e o conhecido fenômeno lingüístico, o da Haplologia,  que a nomenclatura ceintífica acolhe desde séculos. Como: bon (da) doso, car (da) dos, ido (lo) latra, etc. A 13 de dezembro de 1943 (decreto lei estadual de n° 8305) ao de Campo Formoso substituiu, pois, o popônimo Orizona, este a indigitar a região de arroz.

HOJE

Possui o município seis rodovias principais que demandam a estação ferroviaria de Egerineu Teixeira, as cidades de Pires do Rio e de Vianópolis, as Pontes do Rochedo, Marcelos, Montes Claros e de Pedra com ramais sem número que fazem aos povoados de Cachoeira, Montes Claros, Taquaral, Buritizinho e a quase todas as propriedades agrícolas, pois a terra é subdividida, como importa. Roncam caminhões do transporte da riqueza econômica, correm veículos outros de Motor, possui Orizona Posto de Higiene, apresenta 23 escolas rurais e na cidade, a 17° 01 58 de latitude sul e 48° 17 56 de longitude W. Gr., vêem-se um Jardim de Infância, um Grupo Escolar Seminário Menor, Ginásio e Escola Normal. Já de Orizona se inviam cereais, frutas, aves, cevados, a Brasília, razão por que se aspira à feitura de mais uma ponte sobre o rio Piracanjuba, no lugar denominado Crioulos a fim de se encurtarem as distancias para a nova Capital da República onde se irá folgadamente em 3 horas".
Orizona, (...) de junho de 1960

* Texto provavelmente escrito por José Pereira da Costa no ano de 1960.

 
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